quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Consultas de Terapia on-line!

Terapia onde quer que esteja:

O 180 Terapias Acores já tem consultas de terapia on-line!
Este tipo de consulta providencia uma alternativa à consulta tradicional. Oferece uma opção eficaz e confortável para as pessoas que por múltiplos factores não podem ou não lhes é conveniente vir ao nosso espaço físico, seja porque vivem numa zona geográfica diferente da nossa, por terem uma incapacidade que lhes limite a mobilidade, por falta de tempo ou por sentirem que é mais confortável.

A Internet disponibiliza recursos que asseguram a transmissão de voz e vídeo, oferecendo a possibilidade para um contacto sério e confidencial em cada consulta. As nossas consultas on-line são realizadas através do Skype, um software de chat e vídeo-conferência gratuito utilizado por milhões de pessoas.

É importante realçar que as consultas on-line não pretendem substituir a consulta tradicional, nem temos intenção de o fazer. Não sendo um substituto, permitem de igual forma disponibilizar o suporte que a pessoa procura.

Você pode esperar o mesmo nível de cuidados e atenção que teria numa consulta cara a cara.

Para saber como funciona e outras informações, contacte-nos.

Existem algumas situações que não podem ser trabalhadas sem que exista uma presença física; se surgir essa situação, o seu/a sua terapeuta irá preveni-lo(a), para que possa decidir quanto à melhor forma de gerir a situação.

 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Adopção: processo de adaptação, crescimento conjunto



A adaptação, entre pais e filhos, não será tarefa fácil... Esta é a frase mais repetida e escutada por pais adoptivos e seus filhos em todo o processo de Adopção. Esta frase corresponde ainda mais à realidade quando a criança, o filho sonhado, chega à adolescência. 

O futuro é algo inexistente, forma parte do viver que vai sendo construído dia a dia e pouco a pouco; cada momento presente foi parte do futuro e, por sua vez, será parte do passado. Por isto, o futuro da criança adoptada é, a princípio, o futuro de qualquer outra criança, considerando que cada criança é diferente e por isso mesmo o seu futuro e, com ele, o da sua família. 

Quando uma família leva em diante a Adopção é consciente de que é uma decisão para toda a vida, e esse pequeno, que hoje se converte em seu filho, será-o para sempre. Há que ser consciente de que é impossível prever tudo, e o futuro reserva todo o tipo de surpresas, mas se a família e a criança conseguem adoptar-se mutuamente, adaptar-se mutuamente, inserem-se no mundo exterior de forma positiva e conseguem adquirir a resiliência adequada para continuarem a enfrentar a vida, o que torna muito mais prometedora a perspectiva de futuro de todo o sistema familiar. 

A transformação da criança adoptada em adolescente irá pressupor, novamente, a confrontação com a diferença. A família aborda uma etapa complexa de grande desconhecimento, por vezes uma aventura de alto risco, não há dois adolescentes iguais, mas a família de um adolescente adoptado enfrenta algumas diferenças associadas, algumas das quais que se vão desvanecendo com o passar do tempo. 

Finalmente, permanece esta ideia: o facto de se ser adoptado não é por si só sinónimo de problemas, nem de um futuro incerto ou negativo; não há duas crianças iguais, adoptadas ou não, há dois adolescentes iguais sejam ou não adoptados, do mesmo modo que há distintos tipo de famílias, distintos tipos de adolescentes e adolescências.

Adaptado de Intervención com familias adoptivas (Aragón, Aznar, Alba & Mariño, 2010)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

INDENTIDADE/MUDANÇA





INDENTIDADE/MUDANÇA
“Nós podemos gostar de nós próprios ou não. No entanto, leitor, lamento desiludi-lo ao dizer que nem essa capacidade elementar de gostar ou não do seu corpo, das suas feições, da sua voz, dos seus tiques, da sua personalidade, depende de si. Todos temos a experiência de, às vezes, olharmos para o espelho e gostarmos daquilo que vemos, outras não. Isso depende do estado em que estamos, adornados ou não, do modo como olhamos e, sobretudo, do espelho. Aliás, suponho que, se não existissem espelhos ou seus equivalentes, dificilmente conheceríamos (e, portanto, estaríamos aptos a apreciar) o nosso aspeto físico. O problema que se põe então, é quais são esses espelhos que nos permitem olhar para nós como totalidade física e psicológica, conhecê-la e apreciá-la ou não. A minha resposta provisória é que esses espelhos (às vezes deformantes, outras embelezadores), são os olhos das pessoas significativas, a começar pelas que muito precocemente cuidaram de nós, pais ou outros. Ou seja, tudo isso depende, mais uma vez, de circunstâncias em que nós não pudemos interferir.
(…) Dentro de certos limites, organizamos simpatias, selecionamos amizades, acamaradamos em vários contextos, aproximamo-nos de outras famílias, apaixonamo-nos, arranjamos namoros, constituímos novas famílias e chegamos até a consultar psicoterapeutas. Ou seja: temos várias oportunidades para trocarmos de espelho e nos conhecermos melhor. Usá-los ou não, esse é outro problema.
(…) Cada um tem a sua circunstância, que se manifesta logo desde o nascimento. Essa circunstância é única para cada um de nós, e é isso que nos dá a nossa individualidade no seio da enorme e rica variedade humana. Essa circunstância pode ter coisas más, mas também há-de ter coisas boas. Todo o nosso problema é conhecer os seus aspetos mais positivos, é descobrir, por assim dizer, os nossos próprios talentos e pô-los a funcionar. Há pessoas que o conseguem fazer cedo e têm uma vida de sucesso. Há pessoas que tardam em descobri-los, e há quem morra sem os conhecer. Estas últimas viverão bastante infelizes. Mas se o leitor ainda não descobriu os seus talentos, comece por se lembrar da sua infância e das brincadeiras que então lhe davam prazer. Talvez seja aí que os vai encontrar."

J.L. Pio Abreu "Como tornar-se doente mental"
    

                                              Pablo Picasso “Mulher ao Espelho”