terça-feira, 23 de setembro de 2014

Será um divórcio rápido a melhor solução?!

    “Ignorar períodos de crise ou fazer o mínimo possível para atravessar a separação ou o divórcio não dá resultado. “Passei demasiado tempo da minha vida a investir nesse casamento e não estou disposta a investir agora neste divórcio!” disse-me um dia um homem. Mal sabia ele a surpresa que o aguardava. Independentemente do que se investe numa relação intíma, pôr-lhe fim exige uma quantidade imensa de tempo, energia e, muitas vezes, dinheiro. Podemos entregar tudo a um advogado e tentar ignorar o processo. Mas os resultados não serão necessariamente positivos e o processo poderá ser desnecessariamente penoso.
    Ao fim de três anos, este pai viu-se confrontado com uma série de coisas que ele pensava que desapareciam naturalmente. Não desapareceram. Ele continuava zangado com a sua antiga companheira, a fraca adaptação dos filhos ao divórcio era agora uma grande preocupação e o seu segundo casamento atravessava uma crise devida aos problemas com a sua ex-mulher e com os filhos. À semelhança de muita gente que não presta a devida atenção à maneira como tratam do processo do divórcio, a sua vida tinha-se tornado muito mais complicada do que anteriormente. Continua ligado, de uma forma ou de outra, à sua ex-mulher e a gastar tanta ou mais energia que anteriormente no processo litigioso. Os filhos precisam dele enquanto pai. Eles precisam que ele encontre uma forma mais construtiva de se relacionar com a mãe. A mulher actual precisa que ele resolva todos estes problemas para poderem então tocar para a frente a sua vida em conjunto. Este homem obteve o divórcio legal, mas por causa dos sentimentos negativos que acalentou durante os últimos três anos, estava agora muito mais longe de pôr um ponto final no seu primeiro casamento do que há três anos atrás.
    Existem formas mais construtivas para ultrapassar a experiência de pôr termo a uma relação intíma. (…)
    Dois lares de facto, sem conflitos, não são algo que se possa construir de um dia para o outro. Requer trabalho, suor e lágrimas. Mas o esforço vale a pena.
    Aquilo que aprendemos até aqui sugere-nos uma nova “constituição” familiar. Se ainda não começou a tirar notas, eis aqui um bom sítio por onde começar:
  •  Toda a criança tem o direito de ter dois lares onde seja acarinhada e dada a oportunidade de se desenvolver harmoniosamente.
  •  Toda a criança tem o direito de um relacionamento sério e atento com ambos os pais.
  •  Todo o pai ou mãe e filhos têm o direito de se designarem família, independentemente da forma como o tempo com os filhos é dividido.
  • Todo o pai ou mãe têm a responsabilidade e o direito de contribuir para a educação dos seus filhos.
  •  Toda a criança tem o direito a ter pais competentes e a manter-se afastada dos problemas e discussões que os pais possam ter.
  •  Todo o pai ou mãe têm o direito à sua privacidade e território e a educar os filhos sem a interferência despropositada do outro.”



Retirado do livro Casa da Mãe, Casa do Pai – um guia para pais separados, divorciados ou que voltaram a casar, Isolina Ricci, 2004

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O meu Fritz

Esta semana destacamos um evento que decorrerá na próxima sexta feira no Bar/Galeria Arco8 e que tem o apoio do 180 Terapias Acores. O evento será o lançamento do livro "O meu Fritz" da autora Ondina Vieira, um livro que toca na alma. Não percam esta apresentação! Nós estaremos lá.
Até sexta!