quarta-feira, 16 de abril de 2014

Uma sugestão para potenciar a criatividade do terapeuta…


ArteTerapia e Intervenção Terapêutica com Casais

E a arte? Que papel tem a arte no processo da teoria e da prática?
O produto da arte é o fundamento no qual a teoria repousa. Poderá ser a janela para o mundo do cliente e a fonte que informa o terapeuta sobre o significado da história do casal. Acima de tudo as tarefas de arte dão ao casal um modo de ação orientada para a resolução de problemas orientados para a ação. A ação está baseada no processo criativo, tanto nas execuções das expressões artísticas como no convite para ser inovador ao solucionar problemas. O processo da arte encoraja os clientes para mudar de um enquadramento rígido e insolúvel do problema para um enquadramento que seja mais administrável e resolvível. O produto da arte revela significados adicionais e convida a um olhar novo sobre crenças há muito existentes.
Com o encorajamento do terapeuta, o casal pode olhar para a sua situação através do produto da arte, criar um novo significado para padrões antigos e inventar um futuro que atenta aos seus desejos. O terapeuta é capaz de ser mais efetivo, já que a informação nas expressões de arte lhe permitem ver o mundo do casal e apreciar o seu ponto de vista. Para além disso, o terapeuta pode utilizar inúmeras teorias e modos de intervenção e introduzir diversas instruções de arte que reflitam a história do casal, dando novo significado a mitos da família há muito existentes.
O poder metafórico que repousa na tarefa de arte dá ao cliente uma oportunidade de assumir a criação de novas possibilidades nas suas competências de resolução de problemas. Pode ser que o terapeuta nunca compreenda completamente em que nível mais profundo de significado esse processo criativo representa para o cliente. Ele pode apenas observar comportamentos subsequentes e respeitar a importância do produto da arte. A validação do cliente perante a arte espelha o reconhecimento de que há um significado profundo, maior do que o produto em si. Em vez do terapeuta ser o único responsável pela triangulação com o casal e guiar o relacionamento dessa maneira, a arte torna-se na terceira entidade, a que possui habilitações místicas. Essas habilidades estão contidas no poder projetivo da arte, que reflete a visão do mundo interno dos clientes. Portanto, o terapeuta observa e escuta as histórias familiares e presencia a ilustração fornecida pela expressão da arte.

Adaptado de Arteterapia para Famílias, S. Riley.


sexta-feira, 11 de abril de 2014


Prescrição para o fim-de-semana: saborear os encantos da Noite

A noite tem constituído, desde sempre, um tempo de magia, de ilusão e de transfiguração para quem nela procura reproduzir alguns dos seus sonhos e desejos; também é para muitos tempo de descanso, de encontro consigo próprio, de um carregar de energias para a actividade do dia seguinte….
Os fins-de-semana diferenciam-se dos restantes dias levando-nos a querer sair para “desligar” da rotina e do cansaço da semana de trabalho…
A noite constitui-se, assim, como uma unidade espaço-tempo antropológica de relação e identidade onde se cruzam múltiplas personagens e vidas. A procura do prazer e da excitação ganham na noite uma maior intensidade, constituindo uma atmosfera atractiva de divertimento, de repouso e de incrementar as relações sociais e pessoais.
É um fim em si mesmo, tornando-se um escape à rotina e às pressões do quotidiano diário e nocturno.
 Para os jovens e para os que gostam de ser consumidores da noite a excitação é conseguida num palco que caracteriza os espaços e dá ênfase aos locais de culto onde nos encontramos com o nosso grupo de amigos para reviver as histórias e o colorir o dia-a-dia ao sabor de um copo com a nossa bebida favorita…
As discotecas, os bares e os cafés são os santuários das práticas nocturnas, os lugares principais para a realização de certos cultos regulares que, cada vez mais, parecem assumir lugar de destaque na nossa vida, bem como, espaços de música, de dança e de movimento…
Se olharmos para a noite como um espaço de festas, de lazer e de partilha e a isto juntarmos um clima que nos proporciona largos meses de tempo quente, caro leitor, e porque hoje é sexta-feira, aconselhamos a sair de casa, aproveitar as sensações e os prazeres da noite (se possível com uma boa companhia…).

Adaptado de “Traços nocturnos” (Percursos Juvenis na noite do Bairro Alto)
M. Carmo CaBêdo Sanches e Humberto Martins.


domingo, 6 de abril de 2014

Musicoterapia

Ainda na sequência das II Jornadas de Intervenção Precoce, cativou-nos a abordagem efetuada à musicoterapia.



 
A musicoterapia é a terapia que faz uso da música, ou de parte dos seus componentes: da melodia, do som, do ritmo e da harmonia, com o objetivo de promover uma mudança positiva no estado emocional, físico, comportamental e cognitivo através das respostas ativadas pela música.
Possivelmente a "terapia mais usada inconscientemente por todos nós", o seu uso entre nós é ainda relativamente recente.
A musicoterapia procura facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, a organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Procura ainda desenvolver  potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que este alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento.
A musicoterapia pode ser utilizada em vários casos, como sejam: pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. Os tratamentos com a musicoterapia abrangem a improvisação musical, a audição, a composição, a discussão, a imaginação, a interpretação e a aprendizagem através da música. O paciente não precisa de qualquer formação musical para poder beneficiar do tratamento, não existindo um estilo particular de música mais terapêutico que outro.
O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autónomo realizado num consultório ou clínica multidisciplinar com aparelhos especializados.

Elisabete Gomes