Saudade é uma
das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e
também na música popular. "Saudade", só conhecida em
galego “morriña” e português, descreve a mistura dos
sentimentos de perda, falta, distância e amor.
Diz a lenda que o termo foi cunhado na época
dos Descobrimentos portugueses,, quando esteve muito presente para
definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de
entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a
mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas,
coisas, estados ou acções. Provém do latim "solitáte",
solidão.
Uma visão mais especifista aponta que o termo
saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à
esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o
qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente
ligada à tradição marítima lusitana.
Pode-se sentir saudade de muita coisa:
- de alguém que amamos
e está longe ou ausente.
de um amigo querido.
de alguém ou algo
que não vemos há imenso tempo.
de alguém que não
conversamos há muito tempo.
de sítios (lugares).
de alguém conhecido
ou um colega.
de comida.
de situações.
de um amor.
do tempo que passou...
Que personagem pode representar melhor a saudade do que a Penélope, a esposa de Odiseo. Ela espera durante vinte anos o retorno do seu marido da Guerra de Troya,
bordando e desmanchando ponto
por ponto até a sua chegada. É por isto que é considerada como um símbolo de fidelidade conyugal até ao dia de hoje.
A expressão "matar
a saudade" (ou "matar
saudades") é usada para designar
o desaparecimento (mesmo temporário) desse sentimento. É possível
"matar a saudade"
relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o
assunto, reencontrando a pessoa que estava longe etc. A
saudade pode gerar sentimento de angustia, nostalgia e tristeza,
e quando "matamos a saudade"
geralmente sentimos alegria e conforto.
Saudade...que termo
tão difícil de traduzir em outras línguas e que fácil de se
sentir...quem não o sentiu se calhar...nunca viveu...