quinta-feira, 27 de março de 2014

A importância da família na Intervenção Precoce

O CTFIS e o 180 assistiram às II Jornadas de Intervenção Precoce, que se realizam em Ponta Delgada nos dias 19 e 20 de Março. Esta experiência serviu de inspiração para a nossa publicação de hoje.

Apesar de trabalharmos maioritariamente com situações “pós-problema”, isto é, com pessoas/famílias que nos procuram após algum crise/dificuldade/problema, acreditamos que a prevenção é uma área imprescindível e de crucial importância. Também nesta área, a família desempenha um papel fundamental na prevenção e promoção do bem-estar biopsicossocial das crianças.


A intervenção precoce visa prevenir e apoiar crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 6 anos, que apresentam alguma dificuldade ou incapacidade física, psicológica e/ou emocional ou que se encontrem em risco de contrair alguma destas dificuldades. Inicialmente centrada na criança, actualmente é tida como consensual a ideia de que o trabalho na área da intervenção precoce deve centrar-se na família. Assim sendo, hoje partilhamos convosco um vídeo com o testemunho de diversos profissionais explicando a importância da família na área da intervenção precoce.  



http://www.youtube.com/watch?v=3GAHmiI1K64

quinta-feira, 13 de março de 2014

Problemas de Erecção

Todos os homens, em algum momento das suas vidas, experimentam algum episódio ou vários episódios de perda de erecção. Dependendo da maneira como vivenciam a situação, bem como da informação que dispõem e da sua própria atitude em relação ao sexo, esta experiência  poderá transformar-se numa possibilidade de aprendizagem ou um “caminho ao inferno”.
 
Os transtornos de erecção são aqueles que, por algum motivo, interferem no desenvolvimento da fase da excitação, interrompendo a resposta sexual.

Caracteriza-se pela perda de erecção, ou pela perda parcial desta uma vez conseguida.

Muitos autores/as estudaram este grupo de dificuldades sexuais centradas nos problemas de ereccção. Assim, Masters e Johnson falam da “impotência” (conceito que não se utiliza na actualidade) ou, mais recentemente, Kaplan, trata-o como “disfunção  erectiva”, definindo-o como um bloqueio dos mecanismos da erecção  por causas psicológicas, sobretudo pela angustia e o medo do fracasso na relação sexual.

Os problemas de erecção podem dever-se a factores físicos ou psicológicos, sendo as causas, na esmagadora maioria, de tipo psicológico. Quando um homem experimenta um episodio de perda de erecção teme voltar a repeti-lo e esta angustia bloqueia os mecanismos da sua resposta sexual.
Caso um homem consiga uma erecção na sua masturbação, será um indicador de que não tem causa física ou orgânica, sendo a psicoterapia uma resposta eficaz para a resolução do problema.


Na maior parte dos casos não estará afectado o desejo sexual ou a vontade de manter relações sexuais, pelo menos numa primeira fase. Caso não se tente resolver este problema, a maioria dos homens começará a evitar ou a esquivar-se às relações sexuais. Com este comportamento agrava-se o problema, aumentando a ansiedade e o medo de “não funcionar bem” novamente.

Portanto, a causa principal dos transtornos da erecção é a ansiedade. Esta pode afectar de distintas maneiras: alguns homens não conseguem alcançar a erecção durante as fases anteriores ao coito; outros alcançam facilmente a erecção mas perdem-na no momento da penetração, outros imediatamente depois dela.


Isto deve-se à angustia ou ansiedade grave que se activa face à iminência do coito e a ideia de “falhar” nesse momento. Esta ansiedade pode concretizar-se em relação ao medo do fracasso sexual ou à repetição de uma experiência sexual frustrante, embora possam existir outros factores como a falta de estimulação adequada, a excessiva passividade do/a parceiro/a, a monotonia dos jogos eróticos, etc.

Pode ser recomendável uma avaliação médica para que seja possível um despiste de causas orgânicas.

Quando o exame físico não encontra causas metabólicas, neurológicas ou vasculares determina-se que a origem é psicológica e/ou contextual. O acompanhamento psicoterapêutico individual e/ou de casal torna-se, assim, necessário para que, de uma forma confidencial especializada, personalizada e adequada às circunstâncias específicas a pessoa possa voltar a desfrutar em plenitude a sua vida sexual.