180 Terapias Acores

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Aproxima-se o final do ano 2014…



Uma altura propícia para fazer um balanço do ano que passou …

Assim, propomos que este ano criem (ou caso já tenham criado, que mantenham) um ritual de passagem de ano.
Procurem um momento em que possam estar convosco próprios ou partilhar com outra pessoa,  o que viveram neste ano que termina, procurem recordar as mudanças que ocorreram na nossa vida, as experiências porque passaram, as dificuldades superadas, as relações que construíram.  Deve ser um momento para festejar o que viveram e se congratularem. Mesmo as experiências mais difíceis e dolorosas fazem-nos crescer e aprender. Aproveitem também para traçar objetivos para o próximo ano…

Deixamos algumas sugestões:

Reservar um momento para estar a sós e reflectir
Escrever uma carta e guardar para ler daqui a um ano
Realizar uma actividade para nos “mimar”, como por exemplo, uma massagem
Escolher uma música que simbolize o ano de 2014
….

Caso desejem podem partilhar também connosco os rituais que escolheram ou que já costumam fazer.


Que 2015 seja um ano muito feliz para todos nós!!
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 11:01 Sem comentários:
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014


Não te queixes….!


“Já vejo que estás em apuros. Algo te saiu mal, mas não te queixes, meu filho. A queixa não serve para nada, e a única coisa que podes conseguir é que os outros sintam pena de ti e que, movidos por ela, corram a salvar-te.
Se o que queres é sair de alguma situação difícil, e tens um pouco de amor próprio, não deixes que a tua comodidade faça com que os outros te resolvam o problema. Se necessitares de ajuda, pede-a, mas sem te queixares de forma lastimosa. Informa da tua necessidade quem seja capaz de ajudar-te, e isso não diminuirá em nada o teu valor, se a pedires directamente. Em algum momento, todos nós necessitamos que alguém nos dê a mão. Não existe ninguém capaz de fazer tudo sozinho, sem ajuda.
Se enquanto brincas com os outros meninos surge algum problema com algum deles, és tu que deves resolvê-lo. Aqui não há lugar para queixas. Às vezes pode ser oportuno protestar, o que é muito diferente. Diz-lhe o que foi que te molestou, mas a ele. Não venhas até a mim a choramingar, para que seja eu a enfrentar o outro menino e a tirar-te do aperto. O problema é teu e deves ser tu a encarregar-te da situação.
Assim, irás aprendendo a resolver os teus assuntos por ti mesmo, e quando fores grande, saberás sair airosamente das situações difíceis que se te apresentarem ao longo da vida. É muito importante, acredita-me, que aprendas a resolver os problemas que surgem no relacionamento com outras pessoas. Se não fizeres agora, brincando, ver-te-ás em grandes dificuldades quando fores grande e, então, já não se tratará de nenhuma brincadeira.
(…)
Pensa nisto, filho. Se te queixares, não aprendes e passas mal, já que assumes o papel de vítima, e esta posição não é possível sem sofrimento, além de não conseguires nenhum resultado positivo para ti. Em lugar de te queixares, podes pedir ajuda, protestar ou pôr limites, segundo o caso. Verás que, depois de teres resolvido por ti mesmo o teu problema, te sentirás mais satisfeito e terás conseguido tornar-te um pouquinho mais crescido.”             


“Digo-te, Porque Gosto de ti!” José F. Zurita
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 07:43 Sem comentários:
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

"Humor e criatividade"


"O humor é um dos ingredientes base para construir um contexto terapêutico produtivo. (...) é importante saber sorrir, utilizar o humor e a criatividade como portas de acesso, tijolos com os quais se cria uma relação autêntica entre o terapeuta e os membros da família.
O humor e a gargalhada são instrumentos essenciais no jogo relacional, porque asseguram uma espécie de continuidade subtil, uma marca de contexto capaz de garantir a todos uma autorização para continuar a " brincar" com os problemas sem se sentirem por isso, inferiorizados ou julgados.
A ambivalência inerente ao brincar ao "como se", priva a família da tentação fácil de recorrer ao mecanismo da recíproca culpabilização, arma secreta ao serviço das tão possíveis quanto inúteis escaladas simétricas. O humor é portanto o regulador do processo terapêutico ( Andolfi, Angelo, 1987).
Se a linguagem do quotidiano e um sentido de otimismo para enfrentar as dificuldades e problemas, mesmo quando graves, forem recuperados, o rir das coisas terá produzido um primeiro efeito: o vê-los " como se fosse exterior", ainda mais quando as pessoas nos parecem " dentro até ao pescoço", tornando-se num instrumento muito potente para introduzir empatia no trabalho terapêutico. Ao mesmo tempo, se o humor consegue tocar as regras relacionais mais recônditas da família e deslocá-las de nível, produzir-se-á em sessão um aumento da tensão interpessoal e uma procura de maior autenticidade, elemento indispensável para desencadear um processo de mudança.
A gargalhada em terapia representa uma espécie de queda estridente da tensão: um momento de relaxamento, apenas aparente, de todo o sistema terapêutico, a que se concede uma pausa. Na realidade a interrupção tem o objetivo de desviar o stress do espaço interpessoal, isto é, da área das relações, para o espaço interno, mais indefeso e vulnerável, de cada indivíduo. 
É precisamente a suspensão da ação que sucede à gargalhada a produzir um vazio, um momento de silêncio extremamente produtivo que pode permitir verificações internas e conduzir cada um a colocar novas interrogações."
(Andolfi, 2013 " A criança como recurso terapêutico", Alfragide, Editorial Caminho)
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 04:19 Sem comentários:
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"Let them choose their own labels"


Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 05:16 Sem comentários:
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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

2ª Edição do Workshop Gestão de Conflitos

 
 
O 180 Terapias Acores vem por este meio divulgar a 2ª Edição do Workshop de Gestão de Conflitos, dirigido ao público em geral.
 
Atendendo à adesão e feedback positivo que recebemos na 1ª Edição deste workshop, resolvemos repeti-lo com algumas reformulações.
 
Este workshop é dirigido ao público em geral e visa:
  1. Compreender a dinâmica relacional em situações de conflito
  2. Identificar os estilos pessoais nas situações de conflito
  3. Desenvolver atitudes e comportamentos que facilitem a resolução dos conflitos
  4. Negociar como forma positiva de resolução de conflitos
 
Para mais informações, não hesitem em contatar-nos.
 
Carolina Teves
Elisabete Gomes
 

Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 09:07 Sem comentários:
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

No dia 2 de outubro, o Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica foi convidado a participar no programa Grande Plano da RTP Açores para falar sobre a temática dos abusos sexuais. Partilhamos convosco a entrevista com a colega Joana Barros, elemento do grupo 180 Terapias Acores. Esperemos que gostem!


http://www.rtp.pt/play/p1413/e167684/grande-plano
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 10:33 Sem comentários:
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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Será um divórcio rápido a melhor solução?!

    “Ignorar períodos de crise ou fazer o mínimo possível para atravessar a separação ou o divórcio não dá resultado. “Passei demasiado tempo da minha vida a investir nesse casamento e não estou disposta a investir agora neste divórcio!” disse-me um dia um homem. Mal sabia ele a surpresa que o aguardava. Independentemente do que se investe numa relação intíma, pôr-lhe fim exige uma quantidade imensa de tempo, energia e, muitas vezes, dinheiro. Podemos entregar tudo a um advogado e tentar ignorar o processo. Mas os resultados não serão necessariamente positivos e o processo poderá ser desnecessariamente penoso.
    Ao fim de três anos, este pai viu-se confrontado com uma série de coisas que ele pensava que desapareciam naturalmente. Não desapareceram. Ele continuava zangado com a sua antiga companheira, a fraca adaptação dos filhos ao divórcio era agora uma grande preocupação e o seu segundo casamento atravessava uma crise devida aos problemas com a sua ex-mulher e com os filhos. À semelhança de muita gente que não presta a devida atenção à maneira como tratam do processo do divórcio, a sua vida tinha-se tornado muito mais complicada do que anteriormente. Continua ligado, de uma forma ou de outra, à sua ex-mulher e a gastar tanta ou mais energia que anteriormente no processo litigioso. Os filhos precisam dele enquanto pai. Eles precisam que ele encontre uma forma mais construtiva de se relacionar com a mãe. A mulher actual precisa que ele resolva todos estes problemas para poderem então tocar para a frente a sua vida em conjunto. Este homem obteve o divórcio legal, mas por causa dos sentimentos negativos que acalentou durante os últimos três anos, estava agora muito mais longe de pôr um ponto final no seu primeiro casamento do que há três anos atrás.
    Existem formas mais construtivas para ultrapassar a experiência de pôr termo a uma relação intíma. (…)
    Dois lares de facto, sem conflitos, não são algo que se possa construir de um dia para o outro. Requer trabalho, suor e lágrimas. Mas o esforço vale a pena.
    Aquilo que aprendemos até aqui sugere-nos uma nova “constituição” familiar. Se ainda não começou a tirar notas, eis aqui um bom sítio por onde começar:
  •  Toda a criança tem o direito de ter dois lares onde seja acarinhada e dada a oportunidade de se desenvolver harmoniosamente.
  •  Toda a criança tem o direito de um relacionamento sério e atento com ambos os pais.
  •  Todo o pai ou mãe e filhos têm o direito de se designarem família, independentemente da forma como o tempo com os filhos é dividido.
  • Todo o pai ou mãe têm a responsabilidade e o direito de contribuir para a educação dos seus filhos.
  •  Toda a criança tem o direito a ter pais competentes e a manter-se afastada dos problemas e discussões que os pais possam ter.
  •  Todo o pai ou mãe têm o direito à sua privacidade e território e a educar os filhos sem a interferência despropositada do outro.”



Retirado do livro Casa da Mãe, Casa do Pai – um guia para pais separados, divorciados ou que voltaram a casar, Isolina Ricci, 2004
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:16 Sem comentários:
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O meu Fritz

Esta semana destacamos um evento que decorrerá na próxima sexta feira no Bar/Galeria Arco8 e que tem o apoio do 180 Terapias Acores. O evento será o lançamento do livro "O meu Fritz" da autora Ondina Vieira, um livro que toca na alma. Não percam esta apresentação! Nós estaremos lá.
Até sexta!

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

“Eras Tudo para Mim”


“Aparentemente, tudo funcionava muito bem. Não havia problemas entre nós. Nunca houve. Refiro-me a grandes problemas, pois estávamos quase sempre de acordo, pelo menos quanto aos assuntos importantes. Respeitávamo-nos e gostávamos muitíssimo um do outro. Na verdade, gostamos muito um do outro, embora tenhamos erguido um muro entre nós.
Este par, como tantos outros de hoje, desfez-se. Separámo-nos. E, nesse momento, eu quase não percebia porquê. Agora, após algum tempo de reflexão, dou-me conta de que era nos próprios alicerces da nossa relação que residia a doença. Tu e eu, sem preparação, unimos as nossas vidas segundo a forma que tínhamos aprendido, de acordo com o modelo do modelo que recebemos dos nossos pais e que funcionou durante algum tempo. Nesses anos em que nos fomos dando um ao outro, sem cuidarmos de nós próprios.
Eras tudo para mim. Eu vivia por ti e para ti. Cada coisa que fazia, pensava ou sentia trazia-me uma recordação de ti. Só tinha sentido se, depois, a partilhava contigo, se dependia de ti. E enquanto permaneci assim, dentro da relação, em nada me parecia estranha a necessidade que nos unia.
Dependência amorosa ou simbiose – como dizem os especialistas, quando definem esta relação tão problemática e frequente. Segundo eles, o homem desempenha o papel de pai da mulher e esta o papel de mãe do homem. Um ocupa-se do outro e vice-versa. O problema é que a relação se vai consumindo lentamente. Pouco a pouco, vai-se esgotando, por não permitir o crescimento do individual. Psicologicamente, forma-se uma personalidade através da mistura dos dois, de forma que é enorme a fusão a um nível profundo.
E foi isto que aconteceu. A estrutura do nosso par começou a fender-se e as emoções, até então reprimidas, principiaram a brotar com demasiada violência. A raiva acumulada causou estragos. O medo ia-se extravasando mais e mais em cada dia. E o que havia durado tantos anos, com pequenas intervenções, agora não tinha remédio.
Foi muito duro. Terrível e doloroso. Começar de novo. Com o coração desfeito e todas essas emoções a surgirem, brutais, noite após noite. Quando o silêncio de uma casa não partilhada te lembra, em cada momento, que estás só. E choras. Nesses momentos, fazes o que jamais terias sequer sonhado. Falas seja com o que for. Gritas. Ages…
E, pouco a pouco, vais refazendo a tua vida. Ferido ou, pelo menos, maltratado. Inicias a tua vida de separado, com a compensação inicial dos teus amigos. Com o receio de que seja contagioso (e é). Vais aprendendo a viver, de novo, com crescente ilusão e com a esperança de que, depois de tudo por que passaste, possas ter uma segunda oportunidade.”

“Gosto de Fazer Amor”, José F. Zurita     

 http://180terapias-acores.blogspot.pt




Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 05:19 Sem comentários:
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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Carta dirigida aos pais de um "filho do divórcio"

O Divórcio e o impacto que este acontecimento tem na vida dos filhos tem sido uma tema que abordamos frequentemente.
Hoje partilhamos convosco uma carta escrita por uma criança quando os seus pais se separaram. Esperemos que útil para entenderem o divórcio do ponto de vista das crianças...

(Para aceder ao vídeo vá a: http://familia.com.br/quando-os-pais-se-divorciaram-esse-garoto-lhes-escreveu-uma-carta)


Queridos mãe e pai,
Eu sei que estão a sofrer, eu também estou a sofrer. Sinto que me “alimento” da vossa tensão, medo e choque. Embora eu seja novo e não consiga explicar verbalmente o que se está a passar nas nossas vidas, continuo a sentir o impacto.
O meu coração parte-se cada vez que tenho de renunciar a um de vós, perdi o meu sentimento de segurança. Por favor não assumam que sou resiliente. Por favor não assumam que a minha vida será exactamente igual ao que era e que continuarei a sentir o mesmo amor por ambos.
Sou um ser humano, tal como vós…as minhas necessidades são como as vossas…preciso de amor, atenção, carinho, estabilidade, consistência, afeto, entendimento, paciência e, acima de tudo, de ser desejado.
Quando brigam por causa de mim ou me colocam no meio das vossas discussões, estão a mandar-me a mensagem de que ganhar um ao outro é mais importante do que a minha vida…estou a aprender convosco que é melhor estar certo do que ser amado…estão a ensinar-me que descendo de uma pessoa que não é passível de ser amada e que está errada e que, de certa forma, eu também estou errado.
Quando colocam a vossa dor no meu coração, estão a armazenar uma dor adulta e a roubar a minha infância. Estão a tirar-me a crença de que o amor é incondicional e a substitui-la por uma mensagem que me diz que para ser insensível e não amar porque vou magoar-me e não vou ser capaz de recuperar.
Talvez não compreendam isto agora e eu sou tão pequeno que não pensam no meu futuro, mas estão fazendo com que exista uma maior probabilidade de eu próprio me divorciar.
Às vezes colocam em risco a minha segurança para preencher um vazio no vosso coração. A minha segurança é responsabilidade vossa. Sem vocês e a vossa protecção fico sem “escudos” face ao mundo. Isto se manifestará em mim através de medos irracionais porque permanecerei num estado de luta ou fuga durante a maioria da minha vida.
Algum dia este choque inicial passará, mas a forma como escolheram educar-me durante esta crise, nunca vai passar. Eu vou sentir o vosso sentido de altruísmo, apoio e protecção ou vou ter uma cicatriz no meu coração com uma mensagem que diz “as coisas boas acontecem às pessoas boas”…eu devo ser uma pessoa má…

Atenciosamente,
O filho do divórcio





Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 09:06 Sem comentários:
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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Birras - como reagir?



Todos sabemos que não é fácil sermos aquele que ouve o «não». Quando dizemos não àquilo que a criança quer, temos de estar preparados para lidar com a reação.

A birra é um elemento característico na vida das crianças na faixa etária dos 2 aos 5 anos. Elas podem ser acometidas de uma raiva intensa e agirem como se estivessem mesmo em desespero, atirando-se para o chão, com os braços e as pernas a abanar. A nossa reacção, regra geral, tende a ser de irritação ou ansiedade, com medo que se magoem. Podemos também sentir-nos embaraçados pelo descontrolo da criança. A forma como a birra nos faz sentir é o que a birra pretende comunicar, acima de tudo pretende que nos preocupemos, que nos sintamos impotentes, cruéis, seja o que for. É assim que a criança se sente. (…) As birras são uma demonstração da perda de um sentido coerente de identidade, de uma sensação de fragmentação.

Estes momentos podem ser assustadores, tanto de viver como de assistir. Quando as crianças pequenas ficam perturbadas, têm tendência a agir em vez de falar e comunicam através do seu comportamento. Se um adulto conseguir contar até dez e depois pegar na criança e tentar fazer com que ela se sinta mais inteira, menos fragmentada pela fúria, há boas probabilidades de que ela se acalme. O trabalho do adulto é manter a calma e não se deixar submergir de tal forma pelos sentimentos da criança ao ponto de estes o dominarem e o levarem a ter também o equivalente de uma birra. As birras não têm a ver com a razão e muitas vezes, quando assistimos a uma birra ou somos os seus causadores, uma parte de nós que sabe como é sentirmo-nos naquele desespero agita-se. Queremos pôr rapidamente fim à experiência e podemos ser sugados para o conflito, em lugar de manter a distância necessária do estado da criança de modo a podermos ajudá-la. Torna-se mais fácil ficarmos zangados e dizermos «Pára já com este disparate» do que perceber que a criança está perturbada e que precisa de ser contida e acalmada.

Quando as crianças são pequenas, ainda conseguimos contê-las fisicamente, segurá-las até a onda passar e ajudá-las a recuperar. Algumas crianças podem precisar desse contato físico, outras podem sentir-se contidas pela sua voz, pela sua paciência ou por as deixar descarregar a seu tempo, limitando-se a estar presente.


Adaptado de Um bom pai diz não, Asha Philips
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:28 Sem comentários:
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terça-feira, 1 de julho de 2014

“O conflito nos tempos atuais é inevitável e sempre evidente. Entretanto, compreendê-lo, e saber lidar com ele, é fundamental para o seu sucesso pessoal e profissional”.

Os conflitos são presentes em todos os ambientes, organizacionais ou não, pois sempre que houver a convivência entre um grupo de pessoas, inevitavelmente haverá divergências de ideias, objetivos, dinâmicas, entre outros fatores. Na maioria das situações somos impelidos a ver os conflitos como sinónimo de problema, mas, será possível que as divergências tragam benefícios às nossas relações, sejam pessoais, familiares ou laborais?
Berg (2012) defende que existem três tipos de conflitos: pessoais, interpessoais e organizacionais. Conflito pessoal: é como a pessoa lida consigo própria, são inquietações, dissonâncias pessoais do indivíduo, e reflete um abismo entre o que se diz e faz, ou o contraste entre o que se pensa e como se age. Esse tipo de conflito pode levar a determinados estados de stress e atrito. Conflito interpessoal: é aquele que ocorre entre indivíduos, quando duas ou mais pessoas encaram uma situação de maneira diferente. Embora boa parte dos conflitos sejam causados por processos organizacionais, a maioria dos atritos e desavenças são, no entanto, de origem interpessoal, o que as  torna mais difíceis de se lidar. Podem existir ainda dentro dos conflitos interpessoais, o intragrupal (divergência numa mesma área, setor, etc.), e intergrupal (dissensão entre áreas, setores diferentes). Conflito organizacional: esse tipo de conflito não é fundamentado num sistema de princípios e valores pessoais, e sim do resultado das dinâmicas organizacionais em constante mudança, muitas delas externas à empresa.
Em todos os casos onde há conflito há pessoas, onde há pessoas há emoções.
No nosso entender as situações conflituosas, quando geridas de forma positiva , podem apresentar oportunidades de crescimento e mudanças.
Dia 03 de Julho a não perder, Workshop de Gestão de Conflitos! Hotel Vip às 15h!
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 10:28 Sem comentários:
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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Workshop Gestão de Conflitos

No dia 3 de julho, o 180 vai organizar um workshop sobre o tema Gestão de Conflitos. 
Participe!!



Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:17 Sem comentários:
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sexta-feira, 23 de maio de 2014


Gosto de Fazer Amor

“Agrada-me o teu modo de ser. Sinto-me muito bem contigo. Tudo tem vindo a sedimentar-se pouco a pouco, de forma real, sem demasiadas fantasias. Temos enfrentado os nossos medos, superando-os com prudência, consolidando o nosso par.
Que maravilhosa relação! Sinto-me vivo e livre! Contigo, consegui gostar de mim e apreciar-me como homem, perante uma mulher. É curioso como, quando estou contigo, alcanço um equilíbrio extraordinariamente saudável, desfrutando da felicidade da criança, sentindo a protecção e a segurança do Pai e com a nitidez de ter os pés bem assentes no chão, vivendo a realidade com o Adulto que há em mim. Quando estou ao teu lado sinto-me um homem completo e autêntico.
Quando contacto contigo noto no meu corpo uma sensação quente de conforto e bem-estar. Gosto de te respeitar e gosto que tu me respeites, que não tomes conta de mim.
Alegra-me viver a minha vida e que tu também vivas a tua. Assim podemos usufruir ambos de uma parte delas quando decidirmos fazê-lo. Isso tranquiliza os meus medos de dependência. Não quero ser afectivamente dependente de ti.
Agrada-me que te arranjes e cuides de ti, que gostes de ti e te aprecies – isso dá mais autenticidade à tua pessoa, à minha e à nossa relação.
Quando não estou contigo usufruo da minha vida, sabendo que não precisas de mim para viveres a tua, que podes ser feliz quando estás só, quando te relacionas com outras pessoas ou até quando estás a trabalhar. Nos momentos em que me lembro de ti, observo o meu coração, sei que te tenho perto de mim e sinto amor no meu peito.
Não tenho desejos possessivos em relação a ti. Gosto de te ter comigo, desde que tu decidas e assim possas exercer a tua liberdade. Adoro que te sintas livre, que gozes e que sejas feliz.
Gosto de fazer amor contigo. Em qualquer momento, estejamos juntos ou não. Porque conseguiste que fazer amor seja para mim uma forma de viver a vida.”



 José F.Zurita “Gosto de Fazer Amor”













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sexta-feira, 16 de maio de 2014

A arte terapia

A arte terapia...
"A arte terapia tem por base a ideia de que as representações artísticas contribuem para a construção dum significado dos conflitos psicoemocionais, promovendo a sua resolução. É também um meio de desenvolvimento pessoal, de auto-conhecimento e expressão emocional, que ativa positivamente os processos de mudança. Aplicada em diversos contextos como stress, ansiedade, depressão, medos/fobias, alteração de comportamentos nas crianças, défice de atenção, fortalecimento de laços, entre outros."
http://youtu.be/URyQxLF-lfY
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:29 Sem comentários:
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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dar ATENÇÃO às crianças

“Uma criança cuja capacidade intelectual era adequada em relação ao seu grupo etário apresentava problemas de rendimento na escola. Os professores tinham comentado anteriormente com os pais o que se passava.
O pai, excessivamente ocupado na sua actividade laboral, reduzira ao máximo a atenção que podia prestar ao filho.
A mãe, que trabalhava fora de casa, era uma pessoa bastante ocupada, e também quem efectuava a maior parte das tarefas domésticas. Quase sempre quando o filho chegava da escola, estava ocupada nalguma dessas actividades e assim dispunha de pouco tempo para lhe prestar atenção.
Certa tarde, enquanto efectuava essas tarefas, o filho chegou da escola particularmente satisfeito e comentou que recebera os parabéns da professora por um desenho que fizera. A mãe deixou o que estava a fazer, pediu que lhe mostrasse o desenho e desfez-se em elogios em relação às suas aptidões artísticas e, além disso, reconheceu o esforço que estava a fazer nas restantes disciplinas.
No dia seguinte, para surpresa da mãe, o filho trouxe da escola uma folha com uma redacção em que tinha tido cuidado especial com a caligrafia e a apresentação. De novo, a mãe decidiu prestar-lhe atenção e relegar as suas ocupações para segundo plano.”


Com este excerto pretendemos demonstrar o valor da atenção como reforço do comportamento das crianças. Ao utilizar a palavra “reforço” pretendemos descrever um acontecimento, resultado ou consequência que se associa a determinado comportamento e que é capaz de modificar a probabilidade de que o mesmo comportamento se volte a repetir. Quando recompensamos ou castigamos uma criança em consequência de um comportamento específico estamos a promover que a criança repita ou evite esse comportamento. Uma das maiores recompensas que se pode dar a alguém é a ATENÇÃO, sendo que a retirada de atenção constitui o pior castigo. Um comportamento a que se preste atenção tem tendência para se repetir, ao invés os comportamentos que não recebem atenção têm tendência a desaparecer, desde que não se obtenha outro tipo de recompensa pelos mesmos.
O exemplo acima descrito demonstra como a atenção da mãe reforçou o comportamento adequado do filho – esforçar-se na escola. Por outro lado, se prestarmos atenção a uma criança que diz um palavrão, podemos estar, sem nos apercebermos, a reforçar esse tipo de linguagem.
Com este texto pretendemos demonstrar a importância de se analisar que comportamentos estamos realmente a reforçar quando dedicamos a nossa atenção a alguém.

                Adaptado do livro “Educar sem gritar”
                Carolina Teves


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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Uma sugestão para potenciar a criatividade do terapeuta…


ArteTerapia e Intervenção Terapêutica com Casais

E a arte? Que papel tem a arte no processo da teoria e da prática?
O produto da arte é o fundamento no qual a teoria repousa. Poderá ser a janela para o mundo do cliente e a fonte que informa o terapeuta sobre o significado da história do casal. Acima de tudo as tarefas de arte dão ao casal um modo de ação orientada para a resolução de problemas orientados para a ação. A ação está baseada no processo criativo, tanto nas execuções das expressões artísticas como no convite para ser inovador ao solucionar problemas. O processo da arte encoraja os clientes para mudar de um enquadramento rígido e insolúvel do problema para um enquadramento que seja mais administrável e resolvível. O produto da arte revela significados adicionais e convida a um olhar novo sobre crenças há muito existentes.
Com o encorajamento do terapeuta, o casal pode olhar para a sua situação através do produto da arte, criar um novo significado para padrões antigos e inventar um futuro que atenta aos seus desejos. O terapeuta é capaz de ser mais efetivo, já que a informação nas expressões de arte lhe permitem ver o mundo do casal e apreciar o seu ponto de vista. Para além disso, o terapeuta pode utilizar inúmeras teorias e modos de intervenção e introduzir diversas instruções de arte que reflitam a história do casal, dando novo significado a mitos da família há muito existentes.
O poder metafórico que repousa na tarefa de arte dá ao cliente uma oportunidade de assumir a criação de novas possibilidades nas suas competências de resolução de problemas. Pode ser que o terapeuta nunca compreenda completamente em que nível mais profundo de significado esse processo criativo representa para o cliente. Ele pode apenas observar comportamentos subsequentes e respeitar a importância do produto da arte. A validação do cliente perante a arte espelha o reconhecimento de que há um significado profundo, maior do que o produto em si. Em vez do terapeuta ser o único responsável pela triangulação com o casal e guiar o relacionamento dessa maneira, a arte torna-se na terceira entidade, a que possui habilitações místicas. Essas habilidades estão contidas no poder projetivo da arte, que reflete a visão do mundo interno dos clientes. Portanto, o terapeuta observa e escuta as histórias familiares e presencia a ilustração fornecida pela expressão da arte.

Adaptado de Arteterapia para Famílias, S. Riley.


Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 10:10 Sem comentários:
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sexta-feira, 11 de abril de 2014


Prescrição para o fim-de-semana: saborear os encantos da Noite

A noite tem constituído, desde sempre, um tempo de magia, de ilusão e de transfiguração para quem nela procura reproduzir alguns dos seus sonhos e desejos; também é para muitos tempo de descanso, de encontro consigo próprio, de um carregar de energias para a actividade do dia seguinte….
Os fins-de-semana diferenciam-se dos restantes dias levando-nos a querer sair para “desligar” da rotina e do cansaço da semana de trabalho…
A noite constitui-se, assim, como uma unidade espaço-tempo antropológica de relação e identidade onde se cruzam múltiplas personagens e vidas. A procura do prazer e da excitação ganham na noite uma maior intensidade, constituindo uma atmosfera atractiva de divertimento, de repouso e de incrementar as relações sociais e pessoais.
É um fim em si mesmo, tornando-se um escape à rotina e às pressões do quotidiano diário e nocturno.
 Para os jovens e para os que gostam de ser consumidores da noite a excitação é conseguida num palco que caracteriza os espaços e dá ênfase aos locais de culto onde nos encontramos com o nosso grupo de amigos para reviver as histórias e o colorir o dia-a-dia ao sabor de um copo com a nossa bebida favorita…
As discotecas, os bares e os cafés são os santuários das práticas nocturnas, os lugares principais para a realização de certos cultos regulares que, cada vez mais, parecem assumir lugar de destaque na nossa vida, bem como, espaços de música, de dança e de movimento…
Se olharmos para a noite como um espaço de festas, de lazer e de partilha e a isto juntarmos um clima que nos proporciona largos meses de tempo quente, caro leitor, e porque hoje é sexta-feira, aconselhamos a sair de casa, aproveitar as sensações e os prazeres da noite (se possível com uma boa companhia…).

Adaptado de “Traços nocturnos” (Percursos Juvenis na noite do Bairro Alto)
M. Carmo CaBêdo Sanches e Humberto Martins.


Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:17 Sem comentários:
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domingo, 6 de abril de 2014

Musicoterapia

Ainda na sequência das II Jornadas de Intervenção Precoce, cativou-nos a abordagem efetuada à musicoterapia.


Musicoterapia

 
A musicoterapia é a terapia que faz uso da música, ou de parte dos seus componentes: da melodia, do som, do ritmo e da harmonia, com o objetivo de promover uma mudança positiva no estado emocional, físico, comportamental e cognitivo através das respostas ativadas pela música.
Possivelmente a "terapia mais usada inconscientemente por todos nós", o seu uso entre nós é ainda relativamente recente.
A musicoterapia procura facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, a organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Procura ainda desenvolver  potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que este alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento.
A musicoterapia pode ser utilizada em vários casos, como sejam: pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. Os tratamentos com a musicoterapia abrangem a improvisação musical, a audição, a composição, a discussão, a imaginação, a interpretação e a aprendizagem através da música. O paciente não precisa de qualquer formação musical para poder beneficiar do tratamento, não existindo um estilo particular de música mais terapêutico que outro.
O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autónomo realizado num consultório ou clínica multidisciplinar com aparelhos especializados.

Elisabete Gomes

Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 16:53 Sem comentários:
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quinta-feira, 27 de março de 2014

A importância da família na Intervenção Precoce

O CTFIS e o 180 assistiram às II Jornadas de Intervenção Precoce, que se realizam em Ponta Delgada nos dias 19 e 20 de Março. Esta experiência serviu de inspiração para a nossa publicação de hoje.

Apesar de trabalharmos maioritariamente com situações “pós-problema”, isto é, com pessoas/famílias que nos procuram após algum crise/dificuldade/problema, acreditamos que a prevenção é uma área imprescindível e de crucial importância. Também nesta área, a família desempenha um papel fundamental na prevenção e promoção do bem-estar biopsicossocial das crianças.


A intervenção precoce visa prevenir e apoiar crianças, com idades compreendidas entre os 0 e os 6 anos, que apresentam alguma dificuldade ou incapacidade física, psicológica e/ou emocional ou que se encontrem em risco de contrair alguma destas dificuldades. Inicialmente centrada na criança, actualmente é tida como consensual a ideia de que o trabalho na área da intervenção precoce deve centrar-se na família. Assim sendo, hoje partilhamos convosco um vídeo com o testemunho de diversos profissionais explicando a importância da família na área da intervenção precoce.  



http://www.youtube.com/watch?v=3GAHmiI1K64

Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:34 Sem comentários:
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quinta-feira, 13 de março de 2014

Problemas de Erecção

Todos os homens, em algum momento das suas vidas, experimentam algum episódio ou vários episódios de perda de erecção. Dependendo da maneira como vivenciam a situação, bem como da informação que dispõem e da sua própria atitude em relação ao sexo, esta experiência  poderá transformar-se numa possibilidade de aprendizagem ou um “caminho ao inferno”.
 
Os transtornos de erecção são aqueles que, por algum motivo, interferem no desenvolvimento da fase da excitação, interrompendo a resposta sexual.

Caracteriza-se pela perda de erecção, ou pela perda parcial desta uma vez conseguida.

Muitos autores/as estudaram este grupo de dificuldades sexuais centradas nos problemas de ereccção. Assim, Masters e Johnson falam da “impotência” (conceito que não se utiliza na actualidade) ou, mais recentemente, Kaplan, trata-o como “disfunção  erectiva”, definindo-o como um bloqueio dos mecanismos da erecção  por causas psicológicas, sobretudo pela angustia e o medo do fracasso na relação sexual.

Os problemas de erecção podem dever-se a factores físicos ou psicológicos, sendo as causas, na esmagadora maioria, de tipo psicológico. Quando um homem experimenta um episodio de perda de erecção teme voltar a repeti-lo e esta angustia bloqueia os mecanismos da sua resposta sexual.
Caso um homem consiga uma erecção na sua masturbação, será um indicador de que não tem causa física ou orgânica, sendo a psicoterapia uma resposta eficaz para a resolução do problema.


Na maior parte dos casos não estará afectado o desejo sexual ou a vontade de manter relações sexuais, pelo menos numa primeira fase. Caso não se tente resolver este problema, a maioria dos homens começará a evitar ou a esquivar-se às relações sexuais. Com este comportamento agrava-se o problema, aumentando a ansiedade e o medo de “não funcionar bem” novamente.

Portanto, a causa principal dos transtornos da erecção é a ansiedade. Esta pode afectar de distintas maneiras: alguns homens não conseguem alcançar a erecção durante as fases anteriores ao coito; outros alcançam facilmente a erecção mas perdem-na no momento da penetração, outros imediatamente depois dela.


Isto deve-se à angustia ou ansiedade grave que se activa face à iminência do coito e a ideia de “falhar” nesse momento. Esta ansiedade pode concretizar-se em relação ao medo do fracasso sexual ou à repetição de uma experiência sexual frustrante, embora possam existir outros factores como a falta de estimulação adequada, a excessiva passividade do/a parceiro/a, a monotonia dos jogos eróticos, etc.

Pode ser recomendável uma avaliação médica para que seja possível um despiste de causas orgânicas.

Quando o exame físico não encontra causas metabólicas, neurológicas ou vasculares determina-se que a origem é psicológica e/ou contextual. O acompanhamento psicoterapêutico individual e/ou de casal torna-se, assim, necessário para que, de uma forma confidencial especializada, personalizada e adequada às circunstâncias específicas a pessoa possa voltar a desfrutar em plenitude a sua vida sexual.
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 06:37 Sem comentários:
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


       As máscaras que usamos…

Dia de Amigos, Dia de Amigas, …o início dos festejos de Carnaval!
Nesta altura em que todos por momentos abertamente nos mascaramos de algo, dei por mim a pensar nas máscaras que todos os dias usamos. Trabalho, família, amigos, conhecidos, eventos sociais, desportos, atividades lúdicas…tantos contextos, tantas especificidades, tantos desafios e uma só pessoa!
Perante estes contextos, damos por nós a usar máscaras que mais não são do que as maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o mundo no qual existe e se relaciona. Altruísta/egoísta; dependente/ independente, carinhoso/frio; seguro/inseguro, otimista/pessimista; sonhador/pragmático; bem disposto/sofredor…são alguns dos exemplos das máscaras que usamos nos diferentes papéis que desempenhamos e que não são negativas ou positivas, boas ou más… são os nossos mecanismos de adequação às várias circunstâncias que se apresentam na vida, são simplesmente facetas de nós próprios, partes da nossa essência necessárias para garantirmos o desempenho dos vários papéis nas nossas vidas ao nos relacionarmos.
Estas máscaras constituem muitas vezes bastões em que nos apoiamos, outras vezes alavancas quando nos permitem mostrar um pouco mais de nós, um lado mais oculto e catalisador ou ainda podem ser margens que nos dão noção dos nossos limites e competências.
Contudo, quando nos prendermos demasiado a algumas máscaras, ficamos impossibilitados de ter uma visão integral, quer de nós próprios quer do que nos rodeia. Pensar que somos a própria máscara faz-nos perder de nós mesmos e potencialmente criar terreno fértil para a insegurança, a ansiedade, a frustração, a depressão, dificuldades ou incapacidade temporária de agir ou decidir…conhecermos as nossas máscaras, termos consciência da sua existência e da sua função, aceitá-las como partes do todo que somos e não como o todo, nem sempre é fácil. Podemos bloquear, sentirmo-nos perdidos e sem capacidade de prosseguir no nosso caminho, nas vivências do dia-a-dia e nos projetos futuros. Neste processo de auto-conhecimento e de auto-aceitação a terapia individual sistémica poderá ser um importante recurso, que permitirá conhecer o todo, aceitar e integrar as partes e ajudar a caminhar nesta fantástica viagem que é a SUA VIDA.
                                                 

                                                                                            Elisabete Gomes


Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 09:22 Sem comentários:
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Divórcio, Terapia de Casal e Mediação Familiar


“Se o divórcio num casal sem filhos corresponde sempre a um momento difícil, as dificuldades aumentam quando há descendentes. Por isso, os problemas do pós-divórcio e as questões da coparentalidade são muitas vezes alvo de intervenções no campo jurídico e psicossocial.
Em algumas situações, é possível intervir cedo, o que é aconselhável. Uma terapia de casal pode permitir m novo olhar sobre o relacionamento marital e potenciar alternativas. A terapia de casal de orientação sistémica, tal como a praticamos na Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, não visa evitar o divórcio. Fornece um contexto que torna mais fácil a decisão, qualquer que ela seja. Noutras situações, a intervenção terapêutica pode ser individual.
No momento da crise e quando existem filhos, a mediação familiar constitui uma boa indicação. Introduzida em Portugal por Maria Saldanha Pinto Ribeiro nos anos oitenta (em conjunto com técnicos de diversa formação, entre os quais eu próprio), não teve, infelizmente, toda a evolução esperada. (…)
Era fundamental que todos os casais em divórcio soubessem que a mediação familiar foi criada não só com a intenção de ajudar a resolver disputas legais mas também com a finalidade de importante intervenção preventiva, para melhorar a coparentalidade e contribuir para uma boa evolução das crianças no pós-divórcio.
Em certos países, o próprio tribunal interrompe a acção legal e recomenda a mediação, voltando o juiz a intervir depois do acordo alcançado. Embora não existam estudos sistemáticos sobre a eficácia da mediação, muitos exemplos atestam a sua utilidade em casos de divórcio. Em Portugal, dado o grande número de incumprimentos e casos que se arrastam durante anos sem resolução à vista, a generalização da mediação familiar seria uma boa medida.”




A equipa do 180 tem o prazer de partilhar convosco este excerto do livro de Daniel Sampaio, “Labirinto de Mágoas”, por duas razões. Em primeiro lugar, porque os nossos terapeutas familiares, sendo também formados na Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, partilham a visão deste autor no que se refere à terapia de casal. Em segundo, porque acreditamos que a mediação familiar é um recurso importante para as famílias que se encontram emaranhadas em conflitos, sobretudo nas situações de divórcio/separação, o que nos levou a criar um serviço de mediação familiar privado, resposta esta que, tanto quanto sabemos, é pioneira na região dos Açores.
Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 07:07 Sem comentários:
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Workshop de Trabalho Corporal para Casais


Quando a rotina, as obrigações, os filhos, o dia-a-dia se “apoderam” da vida, por vezes deixamos o desejo e o desfrutar para segundo plano, para depois das “coisas importantes”. Podemos ter caído no conto do “ Felizes para Sempre” e supor que a paixão que nos uniu seguirá para sempre. Isto não é assim. O desejo e a paixão, pela sua própria definição são efémeros. Requerem atenção e cuidado.

Através de técnicas de expressão corporal trabalharemos para expandir a consciência do “Nós”, melhorar a sensibilidade e a percepção, superar a inibição. Experimentaremos a afectividade e sensualidade no movimento e no jogo. Tratarmos de discriminar o que necessito, o que posso pedir e esperar do outro.

Procuraremos melhorar a comunicação, o contacto e a capacidade de vinculação.

Não perca a oportunidade de participar neste workshop com o seu parceiro/a com o objectivo de desfrutar do corpo, optimizar o prazer, a confiança, a intimidade e a comunicação no casal. 
Faça já a sua inscrição enviando um email ao 180.acores@gmail.com


Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 09:03 Sem comentários:
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Workshop de Constelações Familiares


Para aquelas pessoas interessadas em conhecer a metodología das Constelações Familiares, o 180 Terapias Acores oferece a possibilidade de participar num workshop onde conhecerá as diferentes temáticas tratadas desde esta perspectiva.

As Constelações Familiares são um tipo de Psicoterapia Sistémica Familiar desenvolvido pelo Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão), onde se cria "esculturas vivas" reconstruindo a árvore genealógica, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família.
Muitas das dificuldades pessoais, assim como problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que viveu no passado, de nossa própria família sem estar consciente disto e sem querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.
Não perca a oportunidade de participar neste workshop, envie já a sua inscrição ao nosso email 180.acores@gmail.com

Publicada por 180 Terapias Acores à(s) 08:55 Sem comentários:
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180 Terapias Acores

180 Terapias Acores é um grupo de profissionais credenciados que se juntou com objectivo de intervir na mudança de atitudes e comportamentos, promovendo o crescimento e desenvolvimento psico-social de indivíduos, casais, famílias e outras organizações humanas.

Áreas de Intervenção

Terapia Familiar *

Terapia de Casal *

Psicoterapia Individual *

Mediação Familiar *

Terapia Sexual *

Coaching *

Formação *


* Ver informação detalhada a seguir.

Equipa Técnica

Carolina Teves

Elisabete Gomes

Joana Barros

Joana Vasconcelos

Margarida Oneto

Natalia Bautista

Ruben Santos



Será que é caso para ir a Terapia?

Exponha a sua situação para o email: 180.acores@gmail.com e ajudá-lo-emos, gratuitamente, a tomar a melhor decisão. Confidencialidade absoluta.

Contactos

180 Terapias Acores
Ponta Delgada, Açores, Portugal
180.acores@gmail.com TEL: 296 284 410 Rua Coronel Silva Leal nº 33 Ponta Delgada
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Horário

Dias úteis: 13-14h / 17:30- 21h
Sábado: sob consulta

Contactar entre as 9:30 e as 17:30 (2ª a 6ªf)

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TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL


Acompanhamento de famílias e casais em situações de crise, conflito e insatisfação relacional, que pretendam uma alteração nas suas dinâmicas relacionais, comunicacionais e estruturais.

Áreas de intervenção:

Conflito familiar/conjugal; Crise familiar / conjugal, Infidelidade, Intimidade /sexualidade, Separação/divórcio, Relação pais/filhos, Adopção, Familias reconstituidas, Saúde mental, Luto, Intervenção familiar na doença crónica e Transições de etapas de ciclo de vida

PSICOTERAPIA INDIVIDUAL


Acompanhamento psicoterapêutico que visa a promoção de estratégias e recursos com vista ao bem-estar
psicológico, emocional e relacional, potenciando o auto-conhecimento.

Áreas de intervenção:

Ansiedade e depressão; Stress, Fobias, Instabilidade emocional, Perturbações ao nível da saúde mental, Desenvolvimento pessoal, Luto, Dificuldades relacionais, Divórcio e Burnout



MEDIAÇÃO FAMILIAR


Processo voluntário de gestão ou resolução positiva de conflitos, em que um terceiro elemento imparcial e neutro, o mediador, ajuda as partes a chegar a um acordo consensual.



Áreas de intervenção:



Situações de separação ou divórcio, nomeadamente no que se refere a:



Guarda e custodia dos filhos; Distribuição dos bens; Pensão de alimentos; Educação, saúde e ócio dos filhos; Gastos ordinários e extraordinários; Regime de visitas; Como falar da separação aos filhos; Relações pais-filhos e Conflitos familiares.

Terapia Sexual

No 180 Terapias acreditamos que a sexualidade é uma parte muito importante da nossa identidade. Por isso temos na nossa equipa uma terapeuta sexual credenciada, que poderá ajudar nas diferentes disfunções sexuais. Visite o nosso blog 180sex.

Áreas de intervenção:

Desejo sexual hipoactivo, Anorgasmias, Vaginismo, Disfunção erectil, Ejaculação precoce, Orientação sexual do desejo...

COACHING


Intervenção sistémica dirigida a pessoas, grupos e organizações, que promove aprendizagens ao nível do desenvolvimento profissional, levando a uma maior satisfação pessoal e laboral.

Áreas de intervenção:

Gestão de conflitos; Liderança, Trabalho em equipa, Comunicação, Relações interpessoais, Burnout, Team building

FORMAÇÃO


- Curso(s) de formação no modelo de Intervenção Sistémica acreditado pelo Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica.

- Workshops

Tema Simples. Com tecnologia do Blogger.