Não te queixes….!
“Já vejo que estás em apuros. Algo te saiu mal, mas não te
queixes, meu filho. A queixa não serve para nada, e a única coisa que podes
conseguir é que os outros sintam pena de ti e que, movidos por ela, corram a
salvar-te.
Se o que queres é sair de alguma situação difícil, e tens um
pouco de amor próprio, não deixes que a tua comodidade faça com que os outros
te resolvam o problema. Se necessitares de ajuda, pede-a, mas sem te queixares
de forma lastimosa. Informa da tua necessidade quem seja capaz de ajudar-te, e
isso não diminuirá em nada o teu valor, se a pedires directamente. Em algum
momento, todos nós necessitamos que alguém nos dê a mão. Não existe ninguém
capaz de fazer tudo sozinho, sem ajuda.
Se enquanto brincas com os outros meninos surge algum
problema com algum deles, és tu que deves resolvê-lo. Aqui não há lugar para
queixas. Às vezes pode ser oportuno protestar, o que é muito diferente. Diz-lhe
o que foi que te molestou, mas a ele. Não venhas até a mim a choramingar, para
que seja eu a enfrentar o outro menino e a tirar-te do aperto. O problema é teu
e deves ser tu a encarregar-te da situação.
Assim, irás aprendendo a resolver os teus assuntos por ti
mesmo, e quando fores grande, saberás sair airosamente das situações difíceis
que se te apresentarem ao longo da vida. É muito importante, acredita-me, que
aprendas a resolver os problemas que surgem no relacionamento com outras
pessoas. Se não fizeres agora, brincando, ver-te-ás em grandes dificuldades
quando fores grande e, então, já não se tratará de nenhuma brincadeira.
(…)
Pensa nisto, filho. Se te queixares, não aprendes e passas
mal, já que assumes o papel de vítima, e esta posição não é possível sem
sofrimento, além de não conseguires nenhum resultado positivo para ti. Em lugar
de te queixares, podes pedir ajuda, protestar ou pôr limites, segundo o caso.
Verás que, depois de teres resolvido por ti mesmo o teu problema, te sentirás
mais satisfeito e terás conseguido tornar-te um pouquinho mais crescido.”
“Digo-te, Porque Gosto
de ti!” José F.
Zurita
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