Dia de Amigos, Dia de Amigas,
…o início dos festejos de Carnaval!
Nesta altura em que todos por
momentos abertamente nos mascaramos de algo, dei por mim a pensar nas máscaras
que todos os dias usamos. Trabalho, família, amigos, conhecidos, eventos
sociais, desportos, atividades lúdicas…tantos contextos, tantas
especificidades, tantos desafios e uma só pessoa!
Perante estes contextos, damos
por nós a usar máscaras que mais não são do que as
maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o
mundo no qual existe e se relaciona. Altruísta/egoísta; dependente/
independente, carinhoso/frio; seguro/inseguro, otimista/pessimista;
sonhador/pragmático; bem disposto/sofredor…são alguns dos exemplos das máscaras
que usamos nos diferentes papéis que desempenhamos e que não são negativas ou
positivas, boas ou más… são os nossos mecanismos de adequação às várias
circunstâncias que se apresentam na vida, são simplesmente facetas de nós
próprios, partes da nossa essência necessárias para garantirmos o desempenho
dos vários papéis nas nossas vidas ao nos relacionarmos.
Estas máscaras constituem
muitas vezes bastões em que nos apoiamos, outras vezes alavancas quando nos
permitem mostrar um pouco mais de nós, um lado mais oculto e catalisador ou
ainda podem ser margens que nos dão noção dos nossos limites e competências.
Contudo, quando nos prendermos
demasiado a algumas máscaras, ficamos impossibilitados de ter uma visão
integral, quer de nós próprios quer do que nos rodeia. Pensar que somos a
própria máscara faz-nos perder de nós mesmos e potencialmente criar terreno
fértil para a insegurança, a ansiedade, a frustração, a depressão, dificuldades
ou incapacidade temporária de agir ou decidir…conhecermos as nossas máscaras, termos
consciência da sua existência e da sua função, aceitá-las como partes do todo
que somos e não como o todo, nem sempre é fácil. Podemos bloquear, sentirmo-nos
perdidos e sem capacidade de prosseguir no nosso caminho, nas vivências do
dia-a-dia e nos projetos futuros. Neste processo de auto-conhecimento e de
auto-aceitação a terapia individual sistémica poderá ser um importante recurso,
que permitirá conhecer o todo, aceitar e integrar as partes e ajudar a caminhar
nesta fantástica viagem que é a SUA VIDA.
Elisabete Gomes
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