“És uma óptima Mãe”
“O meu prazer é imenso quando a minha pele toca a tua pele,
quando, com o ouvido encostado ao teu peito, escuto as tranquilizadoras batidas
do teu coração. Nos momentos em que, com os meus lábios, rodeio o teu mamilo e
chucho com todas as minhas forças, sinto-me o ser mais feliz ao cimo da Terra.
Encanta-me quando me agarras e me abraças, quando me beijas e
me demonstras o teu amor, com as tuas atenções e o teu estar dependente de mim.
Gosto que trates de mim e me animes como só as mães sabem fazer. (…).
Posso viver tranquilo porque sei que tu estás aí. Que vais
ocupar-te de mim e das minhas necessidades. Só por veres um gesto meu, correr
para mim e, contente, vais satisfazer-me. Aceitas muitos dos meus caprichos,
com um sorriso nos lábios, sabendo que isso me faz feliz. Gosto desta
brincadeira e repito-a, até que te aborreças comigo e me ralhes.
Não podes imaginar a raiva que sinto com as tuas
descomposturas, quando te negas a fazer-me as vontades e fico frustrado. Quando
penso nisso, o pior é que quase sempre tens razão, mas não tenho vontade de o
admitir. Sinto-me pequenino ao teu lado quando te faço perder a calma e me
gritas ou mal me levantas a voz. (…).
Não posso viver sem ti, não saberia enfrentar o mundo sem a
tua ajuda. Sinto-me, não como uma pessoa, mas apenas como uma parte. Tremo de
medo, só de pensar que me deixas e que fico sozinho.
És uma óptima mãe. Avalio e admiro a tua capacidade de dar
amor maternal, mas eu casei-me contigo e quero ser um adulto que convive com a
sua mulher e não com a sua mãe. Quero-te muito; mas quero crescer, sentir-me
uma pessoa por inteiro, sentir-me um homem capaz de viver a sua vida de forma
autónoma. Não quero depender de ninguém e tão pouco de ti. Quero estar contigo
por desejo, não por necessidade. Quero viver contigo e não através de ti. (…).
É importante que tenhas a tua própria vida e que eu tenha a
minha e que compartilhemos uma parte de ambas, porque assim queremos, e não
porque dependamos um do outro. Assim poderemos dar vida a esta nossa parceria
para que não se consuma pouco a pouco. ”
“Digo-te, Porque Gosto
de Ti!”
José F.Zurita
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